quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Escassez de Empatia na Sociedade Pós Moderna

Empatia posso afirmar que é uma habilidade, pois ela é algo que se concentra no ambiente cognitivo, mas ao mesmo tempo também tem seu fundamento no campo emocional. Por isso enfatizo é uma habilidade, uma habilidade interpessoal, pois em simples palavras, empatia é a habilidade de se colocar no lugar do outro.
Uma habilidade escassa em nossa sociedade, diga-se de passagem. Não precisamos andar muito para percebermos o quanto as pessoas estão individualistas. Veja alguns exemplos:
Quantas vezes você foi ao super mercado quando foi estacionar percebeu que havia um carrinho de compras vazio ocupando a vaga? Quando não acontece de você voltar ao estacionamento após suas compras e se depara com um carrinho de compras vazio bem na frente ou na traseira de seu carro? Sem contar alguns motoristas que estacionam o carro de uma maneira que chega a ocupar duas vagas! Continuando no exemplo do super mercado, você já deve ter passado pela situação de entrar em um corredor, contudo não conseguir transitar por ele, porque alguém deixou o carrinho bem no meio, alguns fazem o favor de atravessar o carrinho no corredor! Mas isso não é uma “virtude” apenas dos frequentadores de super mercado. No trânsito! Como percebemos a dificuldade das pessoas em se colocar no lugar do outro! Já tentou ultrapassar alguém e o outro condutor acelerou ao invés de diminuir a velocidade. E quando o outro motorista te fecha, você buzina e ele ainda te faz algum tipo de gesto obsceno. 
Quantas vezes você foi ao médico e o doutor, ou doutora mal olhou para você e já disse o que tinha, sem sequer examinar? Já perdi a conta!
Esta falta de empatia nos hospitais não é uma exclusividade dos brasileiros, em seu livro FOCO, Daniel Goleman[1] afirma que a maioria dos médicos que sofrem ou sofreram algum tipo de processo, nos Estados Unidos, são justamente aqueles com perfil menos empático possível e a qualquer erro mínimo, os pacientes ou seus familiares fazem questão de entrar na justiça contra eles.
Ainda nesta esteira, agora no Brasil. Uma amiga me confidenciou que estava muito mal, procurou um hospital de seu convênio (um dos convênios mais conceituados no Brasil). Quando entrou na sala do médico ele perguntou o que ela estava sentindo, ela relatou, o médico olhou para ela, bateu um carimbo no receituário, assinou e disse para ela seguir a prescrição. Ela extremamente constrangida diante da situação indagou: “doutor eu sou este carimbo mesmo? É assim que o senhor me vê? O senhor não sequer olhou para mim, apenas carimbou. Eu sou isso mesmo?”
E falta da empatia está em todos os lugares, infelizmente não apenas nos hospitais, é possível perceber a falta de empatia nas repartições públicas, a minha sensação sobre os colaboradores destes lugares, é que eles fazem pós graduação em falta de empatia com ênfase em falta de educação. No restaurante, em alguns restaurantes parece que você está fazendo suas refeições gratuitamente! No transporte público então! Sabe aquela coisa de assento reservado? Parece que não serve para nada, mas percebo muita falta da empatia principalmente no ambiente trabalho. São colaboradores querendo puxar o tapete um do outro, superiores fazendo seus colaboradores de capacho, sem contar aqueles que humilham um colaborador na frente de todos os outros, quando alguém comete algum erro, na visão dele. Pessoas sendo tratadas como objetos e quando não servem mais, simplesmente são jogadas fora!
Obviamente não quero generalizar em nenhuma das situações acima, claro que existem as exceções, mas infelizmente são exceções mesmo!
É triste! 
Existe um antídoto contra a falta de empatia e quero passar para você no próximo artigo! Não devemos e não seremos escravos do individualismo e da falta de empatia.
Até lá!



[1] Editora Objetiva

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